quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Scott Pilgrim vs. Dilma: Do trending topics às urnas e às salas de cinema?
12:33 |
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PubliCiber |
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“Em matéria de comunicação os hábitos do público mudam menos rápido do que os discursos”. Essa citação de Wolton, em “Internet: E depois?”, grifou-se na minha mente, ao verificar dois casos, acontecidos no Twitter na semana passada.
O primeiro, nacional, diz respeito ao “Cala a boca Dilma”, que chegou aos TT’s Brasil, após entrevista da presidentA no Jornal Nacional. Os marketeiros digitais culparam fakes e scripts, mas as mensagens pareciam bem reais e engajadas. Porém, ao mesmo tempo, as pesquisas de intenção de voto mostravam a candidata de Lula se distanciando cada vez mais de José Serra, com percentual que quase a configura como "our boss" já no primeiro turno. Até que ponto aquela mobilização de repúdio a Dilma pode se transmutar em danos reais a imagem da mesma?
O outro fato, internacional, também se mostra através dos TT’s, só que mundiais. Uma produção cinematográfica, “Scott Pilgrim VS. The World” foi o centro de diversas discussões no Twitter no final de semana em razão da estréia de tal filme nos EUA, sendo a expressão mais twitada neste período. Uma produção ousada, baseada em quadrinhos mais “underground”, que fala diretamente a geração hiperconectada de hoje. Um filme cool! Porém, o que os números de bilheteria mostraram não foram elogios transformados em dólar, já que o filme estreou apenas em quinto, no TOP 10 do fim de semana. Até que ponto aquelas demonstrações de aprovação do filme podem se transmutar em presença de público nos cinemas?
Ambos os casos acendem a discussão em torno de duas polêmicas fundamentais em relação ao Twitter (e, por extensão a internet como mídia). Até que ponto a ferramenta pode ser uma mídia de massa? E, em conseqüência, até que ponto as discussões na ferramenta podem se refletir em reais ganhos (de massa), quer sejam eleitorais ou financeiros? Se abaixo da Linha do Equador fala-se em eleições 2.0, sem que boa parte da população nem sequer tenha chegado a algo que feche no 1.0; o que dizer do país mais conectado do mundo (que já teve uma festejada eleição 2.0), com o maior número de twitters, mas onde esses ainda são uma pequena parcela daqueles que saem num sábado à noite, para assistir a um filme qualquer e comer pipoca com coca. É, Wolton, tudo continua como antes no quartel de Abrantes... Será mesmo? Com a palavra...
Post escrito pelo publiciberiano José Maria Mendes (P63 - Vespertino)
O primeiro, nacional, diz respeito ao “Cala a boca Dilma”, que chegou aos TT’s Brasil, após entrevista da presidentA no Jornal Nacional. Os marketeiros digitais culparam fakes e scripts, mas as mensagens pareciam bem reais e engajadas. Porém, ao mesmo tempo, as pesquisas de intenção de voto mostravam a candidata de Lula se distanciando cada vez mais de José Serra, com percentual que quase a configura como "our boss" já no primeiro turno. Até que ponto aquela mobilização de repúdio a Dilma pode se transmutar em danos reais a imagem da mesma?
O outro fato, internacional, também se mostra através dos TT’s, só que mundiais. Uma produção cinematográfica, “Scott Pilgrim VS. The World” foi o centro de diversas discussões no Twitter no final de semana em razão da estréia de tal filme nos EUA, sendo a expressão mais twitada neste período. Uma produção ousada, baseada em quadrinhos mais “underground”, que fala diretamente a geração hiperconectada de hoje. Um filme cool! Porém, o que os números de bilheteria mostraram não foram elogios transformados em dólar, já que o filme estreou apenas em quinto, no TOP 10 do fim de semana. Até que ponto aquelas demonstrações de aprovação do filme podem se transmutar em presença de público nos cinemas?
Ambos os casos acendem a discussão em torno de duas polêmicas fundamentais em relação ao Twitter (e, por extensão a internet como mídia). Até que ponto a ferramenta pode ser uma mídia de massa? E, em conseqüência, até que ponto as discussões na ferramenta podem se refletir em reais ganhos (de massa), quer sejam eleitorais ou financeiros? Se abaixo da Linha do Equador fala-se em eleições 2.0, sem que boa parte da população nem sequer tenha chegado a algo que feche no 1.0; o que dizer do país mais conectado do mundo (que já teve uma festejada eleição 2.0), com o maior número de twitters, mas onde esses ainda são uma pequena parcela daqueles que saem num sábado à noite, para assistir a um filme qualquer e comer pipoca com coca. É, Wolton, tudo continua como antes no quartel de Abrantes... Será mesmo? Com a palavra...
Post escrito pelo publiciberiano José Maria Mendes (P63 - Vespertino)
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5 comentários:
Parabéns pelo post!
É interessante fazer uma contraposição entre as realidades. Aqui na Paraíba 95,32% dos lares possuem televisão (IBGE 2008)o que não acontece com a Internet. Nos Estados Unidos a utilização estratégica da Internet como mídia massiva mobilizou um país e elegeu um presidente totalmente "fora dos padrões" do político americano (que se revelou até agora um fiasco em termos de popularidade). Em ambos os casos a primazia da política de imagem derrota o discurso argumentativo e racional. Viva o espetáculo, abaixo a democracia!
Ai,ai...Questão boa de discutir, mas difícil de concluir :)
Eu insisto na questão geracional. A geração de eleitores com real poder de decisão não é o público de Internet ainda. Então, a massa da Televisão seria a responsável por tirar ou colocar alguém no poder.
Já o público do cinema é o da Internet. Só que esse tb conhece as outras possibilidades de assistir ao filme, então ao invés de encher os bolsos dos produtores holywoodianos,eles enchem os bolsos dos piratas das praias e camelôs.
Opa!! Alguém falou de pirata aqui?? ehehehhehe A realidade é que ainda somos poucos conectados discutindo o mundo e achamos que somos o reflexo da realidade. Não somos. Quem "mora" na web é minoria, uma partezinha mais fina da Cauda Longa de Anderson...
Opa! Passei apenas pra dizer que, como o post eh do Zé Maria, não comentarei. [No caso, já estou comentando, né?] ;S
haha, brinks, irei comentar!
É, nossas ações na web, embora grandes dentro do ambiente, são pouco significativas fora do nosso mundinho web pseudo-nerd :(
Mas pelo menos fazemos o nome dos filmes na web, e isso corresponde a 37% da bilheteria! :D
E o fato é que teremos mesmo, pela primeira vez uma presidentA no Brasil, e, infelizmente, será a Dilma.
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