terça-feira, 18 de maio de 2010
A interatividade e a nova relação com o saber
08:54 |
Postado por
PubliCiber |
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Se podemos definir a cibercultura como os novos comportamentos presentes no meio de comunicação que surge da interconexão dos computadores, por que ao invés de achar que esta cibercultura prejudica a educação, não a enxergamos como uma nova relação com o saber?
Segundo Lévy, o modelo de mídia interativa incontestavelmente é o telefone. Ele permite o diálogo, a reciprocidade, a comunicação efetiva; enquanto a TV, mesmo digital, navegável e gravável, possui apenas um espetáculo para oferecer. O vídeo game também é um modelo interativo, pois reage às ações do jogador. Então, dificilmente se prenderá a atenção de uma criança em frente à TV, quando ela pode interagir usando o vídeo game.
Para a educação tradicional, a cibercultura é um grande problema, pois os professores ainda não sabem lidar com esse mundo tecnológico e criticam seus alunos, enquanto podem aprender muito com eles. O professor não deve continuar vendo o aluno como um mero receptor de conteúdos e, sim, criar uma relação mais dialógica com ele. A educação tradicional não deve ser abolida, mas também não pode ficar limitada apenas à sala de aula. A educação é processo contínuo.
Na publicidade, vemos a intenção de unir o útil ao agradável, ou seja, a educação à interatividade, no intuito de tornar mais fácil a venda de produtos em sites de marcas infantis. Um exemplo de site infantil é o da série Cocoricó da TV Cultura, ele é simples, colorido e educativo, oferece jogos, pinturas para colorir, quebra-cabeça, entre outras atividades. A linguagem também é simples e clara. As crianças entre 5 e 8 anos são as que mais aproveitarão o conteúdo.
No Club Penguim da Disney, a criança assume a forma de um avatar-pingüim colorido e participa de uma série de atividades. Não há anúncios publicitários de terceiros e não é preciso pagar nada para jogar, embora o acesso a algumas atividades requeira uma assinatura. O site oferece segurança para os pais, pois as crianças só podem começar a brincar depois de ter o cadastro autorizado por um adulto. Ele é voltado para criança de 7 a 10 anos, que já domina a leitura.
Cabe aos pais e professores fiscalizarem, determinarem horários, imporem limites para que seus filhos se divirtam e aprendam ao mesmo tempo, desta maneira a interatividade não será mais vista como um problema para a educação.
Post escrito pela Publiciberiana Raíssa Silva (P1 - Diurno)a partir de leitura e reflexão do livro Cibercultura (1999) de Pierre Lévy.
Segundo Lévy, o modelo de mídia interativa incontestavelmente é o telefone. Ele permite o diálogo, a reciprocidade, a comunicação efetiva; enquanto a TV, mesmo digital, navegável e gravável, possui apenas um espetáculo para oferecer. O vídeo game também é um modelo interativo, pois reage às ações do jogador. Então, dificilmente se prenderá a atenção de uma criança em frente à TV, quando ela pode interagir usando o vídeo game.
Para a educação tradicional, a cibercultura é um grande problema, pois os professores ainda não sabem lidar com esse mundo tecnológico e criticam seus alunos, enquanto podem aprender muito com eles. O professor não deve continuar vendo o aluno como um mero receptor de conteúdos e, sim, criar uma relação mais dialógica com ele. A educação tradicional não deve ser abolida, mas também não pode ficar limitada apenas à sala de aula. A educação é processo contínuo.
Na publicidade, vemos a intenção de unir o útil ao agradável, ou seja, a educação à interatividade, no intuito de tornar mais fácil a venda de produtos em sites de marcas infantis. Um exemplo de site infantil é o da série Cocoricó da TV Cultura, ele é simples, colorido e educativo, oferece jogos, pinturas para colorir, quebra-cabeça, entre outras atividades. A linguagem também é simples e clara. As crianças entre 5 e 8 anos são as que mais aproveitarão o conteúdo.
No Club Penguim da Disney, a criança assume a forma de um avatar-pingüim colorido e participa de uma série de atividades. Não há anúncios publicitários de terceiros e não é preciso pagar nada para jogar, embora o acesso a algumas atividades requeira uma assinatura. O site oferece segurança para os pais, pois as crianças só podem começar a brincar depois de ter o cadastro autorizado por um adulto. Ele é voltado para criança de 7 a 10 anos, que já domina a leitura.
Cabe aos pais e professores fiscalizarem, determinarem horários, imporem limites para que seus filhos se divirtam e aprendam ao mesmo tempo, desta maneira a interatividade não será mais vista como um problema para a educação.
Post escrito pela Publiciberiana Raíssa Silva (P1 - Diurno)a partir de leitura e reflexão do livro Cibercultura (1999) de Pierre Lévy.
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5 comentários:
A internet é uma coisa fantástica sem dúvida nenhuma, mas temos que tomar cuidado principalmente com os filhos pequenos, porque as facilidades que ela proporciona podem também se tornar problemas complexos. As crianças que tem acesso a net muito cedo podem se tornar agéis em alguns aspectos e preguiçosas em outros. Ex: Ter um raciocínio rápido mas preguiça de escrever. E hoje vemos que isso está em crescente ascenção e temos que lembrar sempre que tudo parte de uma folha em branco. Paeabéns pelo texto. Laylson.
Laylson tem razão, a cautela é necessária. Mas tb é preciso saber que não podemos comparar nossa geração com a cibergeração que está crescendo. Se para nós, tudo parte de uma folha em branco, para eles, tudo parte de uma tela em branco.
Acredito que o texto se mostra interessante porque traz, dentro de um panorama complexo, um meio-termo interessante: é preciso que se pense no processo de inserção das crianças nos ambientes digitais (já que é um fenômeno irreversível), mas com um nível de responsabilidade e atenção redobrados.
Algumas semanas atrás, nós do grupo, fomos a uma teleconferência que tratava sobre a educação e as mídias sociais, nessa teleconferência Gustavo Gindre falou uma frase que me chamou atenção e vou falar com as minhas palavras, a educação acontece quando eu consigo juntar duas informações e gerar conteúdo novo.
O Ciberespaço nos proporciona uma torrente de informações, coisa que não tinhamos cerca de poucos anos atrás, e isso é bom para as nossas crianças desde que tenhamos cuidado, "responsabilidade e atenção redobrados."
O Educar pelo ciberespaço visualiza uma quebra de dois paradigmas seculares da educação:
O professor deixa de ser o centro difusor do processo, sendo agora um centro mediador.
Os alunos deixam de ser meros receptores, para tornarem-se construtores de conhecimento.
Mas Tudo só serão flores, porém, se o tal centro mediador (que se estende aos pais) não se eximir de suas responsabilidades no processo, já que a internet, jamais deve ser vista como a "nova" babá eletrônica.
O zelo dos pais e professores será o grande motor da construção de um conhecimento engrandecedor, em crianças nascidas com essas novas ferramentas nas mãos. Do contrário teremos crianças tecnologicamente espertas, mas humanamente vazias!!! Aí... Ai do mundo!!!
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